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Jaraguá do Sul
PARQUE À BEIRA DO RIO É TAMBÉM CONTENÇÃO PARA ENCHENTES
Inspirado em experiências internacionais de cidades como Nova Iorque e Amsterdam, o espaço conta com ciclovias, pistas de skate, quadras esportivas e áreas de convivência, mas se transforma em uma área de alagamento que absorve o excesso de água do Rio Itapocu, evitando que ele transborde em áreas residenciais
Uma tragédia ambiental, em 2014, foi a maior motivação para a construção de uma solução inteligente para as constantes enchentes em Jaraguá do Sul: o Parque Linear Via Verde, no bairro Ilha da Figueira. À época, uma enxurrada, que acumulou 370 mm de chuvas, atingiu mais de 70 mil pessoas. O impacto da cheia escancarou a urgência de repensar a ocupação urbana e adotar medidas de prevenção a desastres naturais. Nascia então o projeto do Parque Linear Via Verde, uma solução inovadora que uniu sustentabilidade e qualidade de vida.
Inspirado em experiências internacionais de cidades como Nova Iorque e Amsterdam, o espaço foi planejado para cumprir uma função dupla. Em dias secos, é um ambiente vibrante, com ciclovias, pistas de skate, quadras esportivas e áreas de convivência. Mas, quando as chuvas são intensas, o parque se transforma em uma área de contenção, absorvendo o excesso de água do rio Itapocu e evitando que ele transborde em áreas residenciais.
O Parque Linear Via Verde é fruto de uma articulação entre a Prefeitura de Jaraguá do Sul e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Paralelamente à construção de uma nova rua às margens do Itapocu, a 1ª Promotoria de Justiça propôs que o Executivo Municipal não fizesse um aterro, como estava originalmente programado, pois isso teria um efeito de represar as águas das chuvas e potencializar os danos das cheias. Foi aí que o município acatou a sugestão e alterou o projeto da via: construiu a rua no nível natural do terreno e preparou a infraestrutura para receber as inundações.
Ao todo, foram investidos mais de R$ 35 milhões na obra — sendo R$ 30 milhões
do município, R$ 2 milhões provenientes de Termos de Ajuste de Conduta (TACs)
do MPSC, e R$ 3 milhões de outorga onerosa. A construção aconteceu em três
etapas, entre 2019 e 2023.
Eficácia comprovada - A eficácia da proposta ficou evidente ao longo do tempo. Nos anos seguintes, Jaraguá do Sul registrou volumes de chuva ainda maiores do que em 2014 mas, graças à estrutura do parque, não houve registros de situações graves, comprovando que os investimentos feitos pela administração fizeram a diferença.
Exemplo que inspira outras obras
O sucesso do parque já inspira outras iniciativas, como a obra em andamento na região norte de Jaraguá do Sul, onde está sendo construído o maior binário da cidade, com 6 km de extensão e investimento previsto de R$ 50 milhões. Essa transformação na mobilidade urbana também reflete o compromisso da cidade com o desenvolvimento sustentável.
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